sexta-feira, 8 de junho de 2007

Os gordos que me perdoem, mas magreza é fundamental.

Não tem mais jeito. É irreversível. Todos querem ser magros. Ou são mentirosos. Ser feliz consigo mesmo ajeitando a camisa a cada vez que se senta ou se levanta é ilusão. Comer sem culpa uma cumbuca de feijoada e não sentir uma ponta de remorso não existe. Logo ele, que sempre fora gordo e tivera todos aqueles famigerados apelidos quando criança. Pra que baleia precisa de chupeta? Ou poço, de rolha? Talvez fossem as primeiras tentativas de abri-lo os olhos. Mas ele seguiu em frente. E inadvertidamente consumiu todas as gorduras trans que estavam ao seu alcance. Mas hoje quase não acreditou quando seu afilhado de seis anos disse que não comeria calabresa porque tinha gordura e gordura engordava e deixava as pessoas doentes. Que criança não gosta de lingüiça? Que criança se preocupa em não engordar? Aos seis anos? Bom, essa era na verdade só mais uma das mil e uma desculpas dele para não comer, mas o fez pensar que essa geração é realmente diferente. Eles não se surpreenderão com a Raul Lopes lotada em dia de feriado. Ou quando a Coca Zero será uma vaga lembrança, substituída pela Coca Menos Um. Ainda bem que as coisas estão mudando e ele ainda tem esperanças em um dia parar de fazer dieta e levar a sério a sua reeducação alimentar. Enquanto isso, vai tomar mais um cervejinha e comer um pouco porque tudo isso lhe deu uma fome danada.

Um comentário:

Melissa Vale disse...

Faz tempo que não passo aqui...
Adorei esse texto.
E penso assim como o título, só não consigo ser magra.
Kkkkkkkkkkk!
Beijo.