O que nos motiva nem sempre é fácil dizer. O que nos deprime, talvez seja mais difícil ainda. Há dois dias ele vinha se sentindo assim. Tão à flor da pele que o seu desejo se confundia com a vontade de não ser. Como o próprio fungo que infesta o muco que se alimenta do que é podre. Não conseguia sentir-se nem ao menos gelatina. Quanto mais o crème brûlée de outrora. . É difícil concentrar-se quando o mundo parece conspirar contra. Quando se sente o experimento que deu errado. Ou o tiro que saiu pela culatra. Ele precisa de umas férias. Pra viajar pra dentro de si e conhecer o que o aflige. Seja as decisões erradas ou a impossibilidade de fazer, por uma mal fadada tendinite, a única coisa que ele sabe. Mas hoje, passada uma mal dormida noite, ele acordou mais tranqüilo. Suas aflições devem ser as mesmas. Mas o seu humor está completamente diferente. A inspiração que ele tanto buscava, essa, definitivamente, ainda não veio. Mas os seus pensamentos começam a se firmar. Porque agora ele tem a certeza que todos os que aí estão, atravancando o seu caminho, eles passarão; ele passarinho.
Um comentário:
Ow... mas ele não pode passar muito tempo sem passar por aqui não.
eu sei bem como é isso que c tá passando. aquela vontade de "levanta sacode a poeira e dar a volta por cima" e e essa porra da poiera parece que não sai, tá em todos os lados.
mas ela há de sair. como dizia a Emília que morava lá em casa " ninguém pode mais que Deus"!!!
é isso aí!!!
levante!
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