segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Réu (.) Confesso.
O ruim de morar desse lado do mundo é ter que passar a madrugada acordado para poder assistir às Olimpíadas que insistem em acontecer do lado de lá do mundo. E eu, que gosto de toda modalidade olímpica, até arremesso de pedra na lua com a mão esquerda, tento assistir. Em vão. Ou estou viajando, ou estou em um casamento, ou o controle da Sky não funciona enquanto a TV aberta ignora o fato de que esse evento só acontecer a cada quatro anos. Mas uma das coisas que eu mais gosto é da superação dos limites. Via de regra, em todos os jornais a história se repete. Do ciclista que superou uma lesão e conseguiu concluir a prova; da mãe da judoca da Cinelândia que conseguiu ir a Pequim ver a filha entrar pra história; do maratonista órfão que achou no esporte uma alternativa às armas. E eu me emociono todas as vezes que vejo. Tudo bem que eu me emociono com qualquer coisa. Mas se duas medalhas de bronze já me fizeram chorar pelo menos cinco vezes, uma pra cada jornal que eu assisti, com os mesmos depoimentos, com as mesmas imagens e com as mesmas pessoas,dá pra imaginar o que vem por aí. Não tem jeito. Eu torço. Eu acredito. E posso até me deepcionar, mas hoje foi só o primeiro dia em que as medalhas começaram a aparecer. E outras medalhas virão. E outras histórias serão descobertas enquanto eu preparo o lenço por pelo menos mais quinze dias.
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3 comentários:
Ow Samuel, pois tu é que nem eu: manteiga derretida. Eu choro por tudo. E estas histórias me emocionam tb.
Agora no sério: quero que as Olimpíadas acabem logo. Só vivo com sono, pq assim como tu fico querendo assistir aos jogos. Pelo menos aos que me interessam...
Beijo.
Não chego a chorar tanto. Mas perco o mesmo sono de passar a madrugada procurando uma partida de pingpong ou badmintou pra assistir. Afinal, uma vez a cada 4 anos! (ou 2, se considerarmos o Pan que tambem passo o dia assistindo).
Estava perambulando por aí e achei teu blog, gostei muito dos teus textos. Tu não escreves apenas a segunda pessoa do singular como te foi dito na escola, mas junta ela e mais todas as outras pessoas, sujeitos e predicados de maneira muito confortável de ler.
Abraço.
Não gostei de ver as meninas do futebol com a prata. Já os homens, o bronze foi até muito.
É paixão e coração.
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